O aguardado El Clásico entre Barcelona e Real Madrid está marcado para o próximo domingo, dia 11. No entanto, as provocações já começaram antes mesmo do jogo. Em uma entrevista exclusiva ao `The Guardian`, o ex-atacante Kun Agüero revisitou momentos marcantes de sua trajetória. Entre eles, destacou sua breve passagem pelo Barça, onde, apesar do pouco tempo na Catalunha, conseguiu balançar as redes contra o Real, fazendo questão de mencionar o feito.
Devido a questões de saúde, Agüero permaneceu no Barcelona por apenas cinco meses. Além de cutucar o Real Madrid, ele expressou arrependimento pelas poucas chances que teve de jogar pelo clube, especialmente ao lado de seu amigo Lionel Messi.
Agüero comentou sobre a possibilidade de jogar mais com Messi: “Seria espetacular chegar à Copa do Mundo com Messi em plena forma e jogando juntos”. Brincando sobre sua forma física pós-aposentadoria, ele disse: “Na verdade, eu nem me aposentei de verdade, né? Não era gordinho, era gordo como um barril. Agora posso tomar um gim tônica em Cannes”. Ele então relembrou o gol contra o Real: “Meu último gol foi contra o Real Madrid, o que é um bom jeito de terminar”. E sobre sua experiência no Barça: “O que levo do Barcelona é a paixão da torcida. Eles foram incríveis comigo, me trataram como se eu fosse o Messi. Eu brincava dizendo: `Olha, eu não sou o Leo`”.
Com a camisa do Barcelona, Agüero disputou apenas cinco jogos e marcou um gol, justamente no clássico contra o Real Madrid. Sua passagem foi abrupta; ele não completou a temporada e se aposentou pouco depois devido a problemas no coração.
(Foto: PAU BARRENA / AFP)
Agüero destaca a importância do apoio paterno em sua carreira
Em seu relato, Agüero também abordou os desafios enfrentados para alcançar o sucesso no futebol. Ele creditou ao pai, Leonel del Castillo, o papel fundamental em mantê-lo longe dos perigos, especialmente o envolvimento com drogas.
Ele contou: “Quando criança, eu pensava que era tudo fácil, que as outras crianças não treinavam, só `coçavam as bolas`. Mas percebi que não é assim. É crucial ter apoio. No meu caso, meu pai foi muito rigoroso. Pensando bem, se ele não tivesse sido, o que teria acontecido comigo? Precisamos ver de outra forma. E se ele não tivesse me incentivado? Em lugares onde cresci, há muito vício, muitas drogas. Eu sentia o cheiro de maconha nos corredores. Não entendia o que era, mas quando falei para meu pai, ele ficou furioso”.