O Chelsea recebeu o Liverpool no campo, como manda a tradição, com um corredor de honra.
Os campeões da Inglaterra `retribuíram` o gesto abrindo sua defesa para Enzo Fernandez passar e marcar em apenas três minutos.


E ainda deram a oportunidade ao atacante que passava por um jejum na Premier League, Cole Palmer, de encerrar seus 18 jogos sem marcar, balançando as redes no último lance da partida.
Que “beleza” ver dois gigantes modernos da Premier League se dando tão bem.
Com medalhas no pescoço e absolutamente nada mais em disputa além de obrigações contratuais, o Liverpool `se afastou` e permitiu que o Chelsea, em busca de uma vaga na Liga dos Campeões, conquistasse uma importante vitória com relativa facilidade.
Pode-se até argumentar que eles ativamente ajudaram na causa, com a natureza embaraçosa e desajeitada do segundo gol, que não deixou margem para recuperação.
O time de Enzo Maresca foi o primeiro a vencer o Liverpool desde que conquistaram o 20º título da liga no último domingo. Mas não se deve tirar muitas conclusões disso.
Os jogadores de Maresca continuam em quinto lugar e ainda lutam pela quinta e última vaga classificatória para a principal competição europeia na próxima temporada.
Com base nesta partida, o Liverpool já `se foi`. Chuteiras guardadas para um verão de autocomplacência, com sandálias a postos. Eles colocarão mais esforço no desfile do troféu daqui a três semanas.
Não foi uma disputa justa, mesmo que o Chelsea possa se animar com a primeira vitória em casa na Premier League contra este adversário em sete anos.
E o placar poderia ter sido mais do que 3 a 1. Muito mais.


Palmer parecia energizado e teve um papel crucial no primeiro gol. Mas, após acertar a trave de um ângulo incrivelmente fechado, parecia que não haveria um final feliz para o jogador mais talentoso do Chelsea.
Ele agora pode celebrar o sucesso pessoal após converter um pênalti no último lance da partida, em um final apropriado para um jogo desigual. Foi seu primeiro gol desde 14 de janeiro.
E se não fossem os três impedimentos de Nicolas Jackson, o final da partida teria sido ainda mais tranquilo para os Blues.
O contraste entre o Liverpool do fim de semana passado e o desta partida valeu o ingresso.
No fim de semana passado, eles saíram atrás contra o Tottenham, apenas para `acender` e marcar cinco gols em resposta.
Isso nunca aconteceria aqui com um time completamente desligado da tarefa à sua frente.
Tanto que a defesa formidável que desempenhou um papel tão importante nesta conquista de título recorde `auto-combustou` com um gol que não pareceria fora de lugar se tivesse sido sofrido por jogadores de parque de domingo de ressaca.

A tentativa `industrial` de corte de Virgil van Dijk, a um metro da linha, acertou Jarell Quansah a apenas um metro de distância e ricocheteou de volta sobre a linha. Rostos vermelhos por toda parte, combinando com as cores das camisas do time visitante.
Quando Van Dijk marcou um gol de consolação nos minutos finais, após um escanteio, havia um senso de redenção pessoal nisso, porque o jogo já havia escapado das mãos do Liverpool.

O resultado para o Chelsea é de benefício psicológico tanto quanto numérico na caça ao top cinco.
Eles saíram na frente com o tipo de contra-ataque fulminante que todos os torcedores adoram ver.
Mais ainda aqui, no entanto, com o técnico Enzo Maresca recebendo críticas por seu estilo de jogo às vezes lento e constante.
Romeo Lavia fez um passe que quebrou as linhas para Cole Palmer, que trocou de pé para alimentar Pedro Neto à sua direita.
O ponta português não quebrou o ritmo enquanto corria para a linha de fundo e avistou seu capitão completamente desmarcado na entrada da área.
Um corte preciso para trás, e Fernandez deu um passo à frente e acertou um chute rasteiro no canto inferior.
Foi uma jogada envolvente de um time que tem muito a buscar nas últimas semanas da campanha.

O Chelsea vai lutar até o último jogo da temporada para reconquistar sua vaga na Liga dos Campeões.

O Liverpool é o primeiro e, até agora, o único time da Premier League com vaga garantida nela no próximo ano.
E já com o título garantido, deve ser quase impossível motivar os jogadores além de seu dever profissional de comparecer e rolar a bola para as câmeras.
Deve-se dizer que o Liverpool tem um histórico de dificuldades contra o Chelsea de Maresca, mesmo em jogos anteriores onde conseguiu a vitória.
Isso é um ponto positivo para um jovem time do Chelsea que tem buscado a consistência necessária para alcançar os feitos do Liverpool nesta temporada.
Esta vitória, por mais “estranha” que seja a partida, é a quarta consecutiva para Maresca. De todas, a mais significativa foi a contra o Fulham, quando buscaram a virada nos acréscimos.