A maioria do Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) decidiu enviar o caso dos gastos considerados indevidos feitos por Andrés Sanchez com o cartão corporativo do clube para a Comissão de Ética. Este órgão será responsável por investigar a fundo a questão.
A decisão ocorreu em uma reunião realizada na noite desta terça-feira (14), no Parque São Jorge. Durante o encontro, Andrés Sanchez, que é membro do CORI, apresentou sua defesa, reiterando que teria confundido o cartão corporativo com um pessoal, pois possuía contas no mesmo banco. Apesar de sua explicação, a maioria dos conselheiros (9 votos a 7) optou por encaminhar o caso para apuração pela Comissão de Ética.
A pauta da reunião do CORI também incluiu a discussão sobre o balancete do primeiro trimestre do clube. O encontro contou com a presença de outros ex-presidentes do Corinthians, como Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi. É importante notar que todos eles pertencem à chapa Renovação & Transparência, que esteve à frente da gestão do clube por 16 anos. A Comissão de Ética agora terá a tarefa de analisar os detalhes do caso de Andrés Sanchez e tem a prerrogativa de sugerir possíveis punições ao ex-dirigente.
Entenda o caso
Andrés Sanchez reconheceu que utilizou aproximadamente R$ 9 mil do cartão corporativo do Corinthians durante uma viagem a Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, em 2020, período em que presidia o clube. O ex-mandatário afirma que já reembolsou o clube no valor de R$ 15 mil na última sexta-feira (11).
Contudo, circulam acusações de que os gastos do ex-dirigente com o cartão corporativo teriam sido superiores, envolvendo viagens para Fernando de Noronha e até para a Espanha. Andrés Sanchez mantém sua defesa, mas o caso continua sob investigação.
Andrés Sanchez é uma figura influente na política interna do Corinthians, tendo presidido o clube em dois mandatos: de 2007 a 2011 e, posteriormente, de 2018 a 2020.
Henrique Oliveira Santos