O Lyon, um clube considerado gigante no futebol francês e semifinalista recente da Liga dos Campeões, foi rebaixado de forma chocante para a segunda divisão.
A decisão inesperada é resultado direto das pesadas dívidas acumuladas por seus proprietários, o grupo Eagle Football Group.

O Lyon foi rebaixado para a Ligue 2.
O Eagle Football Group é liderado pelo empresário americano John Textor.
Os balanços do ano passado revelaram que as dívidas do grupo dispararam para impressionantes £422 milhões (aproximadamente R$ 2,7 bilhões na cotação atual).
Diante deste cenário, o Lyon foi provisoriamente rebaixado para a Ligue 2 pela DNCG (Direction Nationale du Contrôle de Gestion), o órgão que supervisiona as finanças dos clubes franceses, sob a justificativa de que suas finanças não apresentavam a melhora necessária.
Textor tentou reestruturar a situação financeira buscando capital através da venda de jogadores, do time feminino do clube e até mesmo de sua participação de 43% no Crystal Palace, avaliada em £190 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão).

O grupo Eagle Football de John Textor não conseguiu provar a melhora de suas finanças.
No entanto, as autoridades financeiras francesas concluíram que as contas não estavam suficientemente saneadas, confirmando a necessidade do rebaixamento.
O Lyon ainda possui o direito de recorrer da decisão da DNCG.
Curiosamente, John Textor havia declarado no ano passado que “não havia chance” de o clube ser rebaixado.
O bilionário também é proprietário do clube brasileiro Botafogo e do clube belga RWD Molenbeek.
A venda de sua participação no Crystal Palace para Woody Johnson, dono do New York Jets, ainda aguarda aprovação da Premier League, que realiza um teste de proprietários e diretores.
A classificação do Crystal Palace para a Liga Europa na próxima temporada foi colocada em xeque, justamente porque o Lyon também garantiu vaga na competição europeia.
A influência de Textor sobre ambos os clubes pode entrar em conflito com as regras de multipropriedade da UEFA, com uma decisão sobre o caso aguardada para breve, possivelmente na sexta-feira.
Dirigentes do Crystal Palace têm mantido conversas com a entidade que rege o futebol europeu na tentativa de assegurar sua participação na Liga Europa.
O rebaixamento do Lyon por motivos financeiros pode ter implicações para sua participação em competições continentais na próxima temporada.
Eles poderiam ter pontos retirados, o que invalidaria sua sexta colocação na Ligue 1. Contudo, se o rebaixamento for estritamente financeiro e não alterar a classificação em campo, a vaga europeia ainda poderia ser mantida.
Os regulamentos da UEFA determinam que, caso dois clubes com o mesmo proprietário se classifiquem para a mesma competição, o clube com a melhor posição na liga nacional tem prioridade.
O Lyon é, historicamente, um dos clubes mais importantes da França, com sete títulos da Ligue 1 em sua história.
Atingiram as semifinais da Liga dos Campeões em 2020 e sua última passagem pela segunda divisão foi em 1989.
O rebaixamento pode forçar a venda de vários de seus jogadores promissores, como o ponta Malick Fofana, que já foi especulado como alvo de clubes como Liverpool e Chelsea.

