O Crystal Palace enfrenta a perspectiva de ser completamente EXPULSO das competições europeias na próxima temporada, depois que a Uefa rejeitou uma manobra desesperada apresentada pelos acionistas do clube.
Os `Eagles` correm o risco de não participar da Liga Europa, para a qual se classificaram ao vencer a FA Cup, devido ao acionista John Textor possuir participação no Lyon, uma equipe francesa.
O Lyon também está programado para competir na mesma competição, tendo se classificado com o sexto lugar na Ligue 1 na temporada passada.
As regras da Uefa proíbem que qualquer pessoa “esteja simultaneamente envolvida em qualquer capacidade na gestão, administração e/ou desempenho desportivo de mais de um clube a participar numa competição de clubes da Uefa”.
A possibilidade de o Palace descer para a Conference League também é quase nula, já que outro acionista, David Blizter, também possui participação no Brondby, da Dinamarca, que deve jogar na terceira competição europeia de clubes na próxima temporada.
Numa tentativa desesperada de ver os `Eagles` viajarem pela Europa na próxima temporada e cumprir as regras da Uefa, Textor e Blizter ofereceram colocar suas ações em um `blind trust` (fundo fiduciário cego).
Mas os dirigentes da Uefa REJEITARAM a oferta, deixando a proposta aventura europeia do Palace na próxima temporada em um estado de incerteza.
A proposta foi rejeitada porque o Palace perdeu o prazo de registro para submetê-la.
Se tivesse sido aprovado, um `blind trust` teria feito com que um grupo de curadores assumisse o controlo das ações de Textor no Palace para a temporada 2025/26.
Clubes ingleses não são estranhos ao uso de `blind trusts` para não infringir as regras da Uefa.
Manchester City e Manchester United utilizaram `blind trusts` na temporada passada, já que seus clubes “irmãos”, Girona e Nice, se classificaram para a Champions League e Europa League, respectivamente.
O Palace teve conversas decisivas com a Uefa para tentar resolver o problema potencialmente devastador no início desta semana.
E a reunião às margens do Lago Genebra terminou com Textor colocando suas ações no clube do sul de Londres à venda.
Ele disse ao The Daily Mail: “Olha, todo o Reino Unido sabe que não tenho influência decisiva sobre o Palace. Foi uma boa reunião.”
“Eles ouviram e vamos ver o que acontece. Eu não estaria tentando vender (minha participação) se tivesse.”
Textor, 59, acrescentou: “”Estamos tentando ajudar a separar isso e vender.”
“Queríamos comprar, mas ficou claro que isso não vai acontecer, então estamos tentando ajudar o Palace e a situação com a Uefa.”
“Isso é tudo o que posso dizer.”
Henrique Oliveira Santos