A atuação da arbitragem voltou a ser o centro das atenções no Campeonato Brasileiro. Após a derrota do Vitória por 4 a 3 para o Vasco, em São Januário, o diretor de futebol do clube baiano, Gustavo Vieira, manifestou fortes críticas à comissão de arbitragem, especialmente ao trabalho do árbitro Fernando Antônio Mendes de Salles Nascimento Filho (PA).
Em um pronunciamento feito antes da entrevista coletiva do técnico Jair Ventura, Gustavo Vieira detalhou os erros que, segundo ele, prejudicaram o Vitória e fez uma revelação surpreendente sobre a escolha do árbitro para o confronto.
Com um tom de “certa tristeza”, Vieira expressou o sentimento de “muito prejuízo” por parte do Vitória. Ele revelou que o árbitro escalado para a partida, que era de “tamanha importância” para ambas as equipes, estava apitando seu primeiro jogo no Campeonato Brasileiro. Para o diretor, uma ocasião tão decisiva não deveria servir de experiência para um juiz estreante.
O diretor questionou também os “oito minutos de acréscimo” concedidos, considerando a decisão “muito confortável” para o Vasco, que já contava com um jogador a mais em campo. Além disso, Vieira criticou veementemente a expulsão do capitão do Vitória, descrevendo o lance como uma “disputa normal de espaço” durante uma bola parada. Ele argumentou que, se esse tipo de contato é motivo para cartão amarelo e expulsão, é fundamental “repensar seriamente a essência do futebol”.
O resultado do jogo mantém o Vitória em uma situação crítica na zona de rebaixamento, acumulando apenas 25 pontos em 27 rodadas, o que intensifica ainda mais a frustração do clube com os acontecimentos da partida.
Os pontos-chave do discurso de Gustavo Vieira
Em seu pronunciamento, Gustavo Vieira reiterou a profunda insatisfação do clube com a arbitragem, enfatizando que partidas cruciais como esta não são apropriadas para “experimentações” com árbitros inexperientes. Ele criticou o acúmulo de erros e a falta de responsabilidade na condução do jogo, fazendo questão de distinguir sua crítica do adversário Vasco, que ele descreveu como um “clube gigante, tradicional, que faz um bom trabalho e luta pelo seu campeonato”.
O diretor ressaltou que “é muito ruim para o futebol quando uma equipe se sente prejudicada”, e que esse é o sentimento atual do Vitória. A expulsão do capitão foi novamente citada como um erro grave, uma vez que a jogada, em sua análise, foi apenas uma “disputa normal de espaço”. Ele concluiu pedindo uma reflexão sobre as regras e a sua interpretação, e que haja mais seriedade e responsabilidade na indicação dos árbitros para partidas de tamanha importância, finalizando com um “Muito obrigado”.
Henrique Oliveira Santos