Dudu muda de opinião e agora critica gramado sintético do Allianz Parque
O atacante Dudu, que recentemente deixou o Palmeiras para se juntar ao Cruzeiro, está entre os jogadores que assinaram um manifesto criticando os gramados sintéticos no Brasil. O grupo pede que a grama natural seja obrigatória nos estádios do país. No entanto, quando atuava pelo clube paulista, Dudu era favorável ao gramado artificial.
Em fevereiro de 2020, o jogador chegou a elogiar o piso do Allianz Parque, afirmando que ele beneficiava o jogo dos atacantes:
“Gosto muito, já tinha comentado antes com o pessoal do Palmeiras que sempre gostei de jogar no campo do Athletico-PR, deixa o jogo rápido. Para nós na frente é bom, não é tão bom para nossos zagueiros (risos). Vamos poder jogar mais vezes no nosso campo”, disse Dudu em entrevista coletiva na época.
Palmeiras defende seu gramado
O Palmeiras respondeu às críticas, afirmando que o gramado do Allianz Parque é certificado pela FIFA, que realiza inspeções anuais desde sua instalação em 2020 para garantir que o piso mantenha os mesmos padrões de um campo de grama natural em perfeitas condições.
O clube também argumentou: “Não há evidências científicas de que o risco de lesões em campos artificiais seja maior do que em campos naturais. Pelo contrário, um estudo recente publicado na revista ‘The Lancet Discovery Science’ indica que a incidência de lesões em jogos de futebol disputados em gramados artificiais é menor do que em campos naturais”.
Debate sobre gramados sintéticos e naturais
O Dr. Gustavo Arliani, ortopedista e diretor médico da Newon, um Centro de Excelência Esportiva, comentou sobre a controvérsia:
“Atualmente, não há nada na literatura médica que confirme que a grama sintética cause mais lesões. Estudos comparando gramados naturais e artificiais em relação a vários tipos de lesões não mostram diferença significativa entre os dois tipos de superfície.”
Ele acrescentou que a percepção dos jogadores pode ser influenciada pela diferença na velocidade da bola e na resposta do gramado, mas os estudos, incluindo um recente da Federação Paulista de Futebol, não encontraram diferenças no padrão de lesões entre os dois tipos de superfície.