Alex Neil, técnico do Millwall, pediu aos torcedores do clube para superarem o lance perigoso de Liam Roberts em Jean-Philippe Mateta.
O goleiro dos Lions, Roberts, está cumprindo uma suspensão de seis jogos após atingir Mateta na cabeça com um chute voador na partida da FA Cup contra o Crystal Palace na semana passada.

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O atacante francês precisou de oxigênio antes de ser levado ao hospital e levou 25 pontos em um corte profundo na orelha esquerda. O presidente do Palace, Steve Parish, descreveu a falta como a ‘mais imprudente’ que já viu.
A suspensão original de Roberts era de três jogos, mas foi dobrada após a FA exigir uma punição mais severa.
Porém, os torcedores do Millwall não demonstraram arrependimento durante a vitória por 2-1 contra o Watford.
Cada vez que um jogador da casa caía lesionado, eles cantavam: “Deixem-no morrer.”
Eles também apoiaram seu goleiro com cânticos: “Só existe um Liam Roberts, só existe um Liam Roberts.”
Houve também: “Não é o suficiente, não é o suficiente – 25 pontos, não é o suficiente.”
A provocação continuou com: “Que será, será, o que tiver que ser, será, Mateta está no pronto-socorro.”
Os torcedores do Millwall também fizeram um minuto de aplausos para Roberts aos oito minutos de jogo – o tempo em que ele foi expulso contra o Palace.
O ódio diminuiu quando Josh Coburn marcou o gol da vitória do Millwall aos 81 minutos, e os torcedores se juntaram às comemorações.
O técnico do Millwall, Alex Neil, disse após a partida contra o Watford: “Agora podemos virar a página sobre o assunto Liam.”
“Nós apoiamos Liam. Liam tomou uma decisão ruim. Ele errou o tempo do lance.”
“Eu acho que depois disso houve um julgamento pela mídia, o que não temos controle.”
“Nós conversamos com Liam. Ele está bem. Ele entendeu. Ele falou comigo, e está resolvido. Vamos virar a página.”
“Liam vai cumprir a suspensão. É assim que é, e então seguimos para o próximo jogo.”
Neil insistiu que a polêmica sobre Roberts não afetou a equipe.
“Nós realmente não nos envolvemos nesse tipo de coisa. Eu não uso redes sociais de forma alguma. Eu recebo feedback, então estou ciente do que está acontecendo.”
“Mas a última coisa que preciso é ficar rolando a tela e saber o que um garoto de 14 anos que mora no fim da rua pensa de mim. Já passei dessa fase. Então, sim, não estou preocupado.”