As regras do futebol podem passar por uma grande revisão, com um impacto significativo sobre os goleiros que costumam ganhar tempo.
Atualmente, as regras permitem que os goleiros segurem a bola com as mãos por seis segundos.

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Na prática, no entanto, essa regra raramente é aplicada.
Em muitas partidas, é comum ver goleiros segurando a bola por 20 segundos ou mais, especialmente para ganhar tempo no final do jogo.
Existem dois motivos principais para a regra dos seis segundos ser ignorada.
Primeiro, após seis segundos, os goleiros frequentemente ainda estão cercados por jogadores adversários, principalmente em lances de bola parada.
Segundo, a punição de um tiro livre indireto dentro da área parecia desproporcional à infração.
Agora, no entanto, os planos estão “progredindo positivamente” para uma reformulação da legislação.
Na nova versão da regra, o tempo que um goleiro pode segurar a bola nas mãos aumentaria de seis para oito segundos.
Também haveria a introdução de uma contagem regressiva de cinco segundos na mão do árbitro para sinalizar publicamente quanto tempo o goleiro tem para soltar a bola.
Em vez do tiro livre indireto dentro da área, a possibilidade de um arremesso lateral ou um escanteio para a equipe adversária está sendo discutida como nova sanção.
Um teste está ocorrendo nesta temporada na Premier League 2 com a regra dos oito segundos e escanteios concedidos, com outro teste em Malta.
E o feedback para a Ifab – a International Football Association Board, que supervisiona as regras do futebol – é considerado positivo.
É improvável que uma mudança nas regras entre em vigor para a temporada 2025-26.
Portanto, espera-se que haja mais uma temporada de testes, com a sugestão de que ela possa entrar em vigor para 2026-27.
Se cogita também uma atualização na regra do impedimento, com o objetivo de dar maior vantagem aos jogadores de ataque.
Arsene Wenger – chefe de desenvolvimento de futebol global da Fifa – defendeu a regra da “luz do dia”, que foi testada no futebol Sub-18 na Itália, mas entende-se que ela dá muita vantagem aos atacantes porque exige que qualquer parte do corpo do atacante esteja alinhada com o penúltimo defensor.
Em vez disso, um novo conceito que analisa a parte superior do tronco deve ser introduzido.

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