O técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim, analisou o empate em 1 a 1 com o Sport, ocorrido no Mineirão, e apontou que as alterações forçadas na escalação e o curto período de recuperação após o jogo contra o Flamengo foram determinantes para o desempenho abaixo do esperado da equipe.
“Com certeza, o jogo com o Flamengo teve impacto. Perdemos quatro jogadores titulares por suspensão e, logo aos 10 minutos, tivemos a saída forçada de mais um atleta, Matheus Henrique. Apenas quem não acompanha o futebol de perto pode subestimar a influência desses fatores. Não é coincidência que o próprio Flamengo também não obteve um bom resultado nesta rodada. Recuperar-se em apenas dois dias é um desafio imenso,” disse o treinador na zona mista do Mineirão.
Para o comandante do Cruzeiro, o cerne da questão não residiu na qualidade técnica dos substitutos, mas sim na ausência de ritmo de jogo:
“Aquelas chances de gol que não se concretizaram não se devem à falta de qualidade, e sim à falta de ritmo. São atletas que vêm atuando menos e, por isso, não conseguiram impor-se no mesmo patamar dos jogadores que são titulares habitualmente,” explicou.
Jardim Lamenta Gol Sofrido por Erro Incomum da Defesa do Cruzeiro
Leonardo Jardim ressaltou que o gol sofrido pelo Cruzeiro foi resultado de uma falha atípica, proveniente de um lançamento longo vindo do campo adversário:
“No primeiro tempo, controlamos a partida e criamos diversas oportunidades de finalização, mas nos faltou eficácia. Acabamos sofrendo um gol de uma forma incomum para nossa defesa, com uma bola que surpreendeu nossa zaga. No segundo tempo, nos expusemos mais em busca do ataque, perdemos o controle e o jogo se tornou um `toma lá, dá cá`. Não conseguimos o segundo gol para garantir a vitória e os três pontos,” analisou o técnico do Cruzeiro.

Leonardo Jardim admitiu que o Cruzeiro não conseguiu exibir seu estilo de jogo característico e ao qual está habituado:
“No segundo tempo, em desvantagem no placar, arriscamos mais ofensivamente e, com isso, perdemos o equilíbrio tático. Consequentemente, o adversário teve muito mais transições, e um jogo sem controle não é nossa essência. O Cruzeiro não é uma equipe de `bate e rebate`, gostamos de construir um ataque organizado, e isso não foi possível na etapa final, tanto por mérito do Sport quanto por nossa própria falha,” concluiu o técnico.

