O São Paulo se juntou a outros clubes da Libra para se manifestar publicamente contra o Flamengo. A insatisfação se deve ao bloqueio de um repasse milionário de direitos de TV do Campeonato Brasileiro, que deveria ser distribuído entre os demais membros do grupo. O Palmeiras também já havia expressado sua posição sobre o controverso assunto.
O clube carioca iniciou uma ação judicial e, após obter uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, conseguiu impedir o repasse de R$ 77 milhões. Esse valor corresponde à porcentagem dos lucros de pay-per-view destinada aos clubes associados à Libra, que incluem Flamengo, Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético Mineiro, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa e Brusque.
Em um comunicado divulgado em suas redes sociais, o São Paulo criticou a postura da diretoria do Flamengo. O clube paulista argumenta que o Flamengo falha em reconhecer a responsabilidade por contratos preexistentes e que a ação do clube carioca não condiz com seu “passado glorioso”.
O acordo entre o Flamengo (conhecido como Rubro-Negro) e a Libra foi firmado pelo ex-presidente Rodolfo Landim, que deixou o cargo em 2024. A atual gestão, sob a presidência de BAP, discorda da metodologia de divisão das verbas proposta pela Libra, especialmente no que tange à audiência das transmissões.
O contrato da Libra com a Rede Globo estabelece a seguinte divisão de receitas: 40% distribuídos igualmente entre todos os clubes da Série A; 30% baseados nos resultados esportivos; e os 30% restantes conforme a audiência, sendo este o ponto central da divergência do Flamengo.

A diretoria do São Paulo afirmou que a ação do Flamengo tem como objetivo prejudicar financeiramente o futebol brasileiro. O clube tricolor expressou confiança na Justiça do Rio de Janeiro para analisar a imparcialidade do Flamengo e reverter a decisão.