Durante a coletiva de imprensa antes da partida do PSG contra o Nantes, válida pelo Campeonato Francês, o técnico espanhol Luis Enrique novamente confrontou a imprensa francesa. Desta vez, com ironia, o treinador afirmou que um estagiário era superior a todos os jornalistas presentes.
Após responder o que acreditava ser a última pergunta, Luis Enrique já se levantava para sair quando foi chamado por um estagiário do `RMC Sport`. O jovem havia sido deixado para o final e quase foi esquecido. Antes de sair, o técnico do PSG fez questão de retornar para respondê-lo.
Mesmo com a atenção voltada para si, o jornalista não se intimidou e fez sua pergunta. Ele questionou como a frustração de Ousmane Dembélé após o jogo contra o Aston Villa afetaria o time na reta final da temporada. Luis Enrique não apenas respondeu, como elogiou o jovem.
— Bravo! Muito melhor do que todos (os jornalistas) que estão aqui — brincou Luis Enrique, mostrando aprovação ao estagiário.
— A partida contra o Aston Villa teve muitos aspectos. Foi um jogo de muita emoção. Estávamos no controle, e depois tivemos um momento em que perdemos o controle, quase empatamos o confronto. Isso frustrou Ousmane porque ele é um dos jogadores com maior capacidade de lidar com esses momentos, ele queria transmitir aos companheiros a necessidade de melhorar. Mas, no fim das contas, o importante para os jogadores é saber que o objetivo é dar 100%. Ousmane reagiu com emoção, mas acredito que merecíamos a classificação — respondeu à pergunta.
Apesar de já ter conquistado o título do Campeonato Francês, o PSG continua jogando nas rodadas finais com o objetivo de terminar a campanha invicto. O próximo jogo será contra o Nantes, fora de casa. A equipe também está na semifinal da Champions League, onde disputará uma vaga na final contra o Arsenal.
Luis Enrique já havia desabafado em outra coletiva de imprensa sobre como seu trabalho é avaliado. Segundo o treinador, antes ele era muito criticado por poupar jogadores, e agora tem sido questionado pela rotação que tem feito.
— Eu era o técnico mais criticado na Europa porque fazia muita rotação: em Roma, no Barça, na seleção, em Paris. Quanto mais jogadores pudermos usar, melhor seremos. Quando eles não jogam, não significa que eu não confie neles. Continuo sendo um treinador que confia nesses jogadores — declarou.