O Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil ao empatar em 0 a 0 com o CSA na Arena, em Porto Alegre, na noite de terça-feira. O resultado na terceira fase veio após ter um gol anulado no final da partida. Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico Mano Menezes expressou sua insatisfação não apenas com o lance controverso, mas também com a fase que o Tricolor Gaúcho vem enfrentando.
Mano criticou a atuação da arbitragem, mencionando que foi a oitava vez que o VAR revisou uma jogada do Grêmio sem que a decisão inicial fosse alterada a favor do clube. “No futebol, a vida inteira fomos favorecidos e prejudicados. Sempre foi assim. O que está errado é quando a gente só é prejudicado. Não é possível que em nenhuma dessas oito vezes que o VAR chamou, o Grêmio tivesse razão, ou a decisão deveria ter sido a nosso favor”, afirmou.
Ele detalhou o lance do gol anulado: “A bola estava longe do jogador que caiu. A bola foi cabeceada pelo Wagner Leonardo distante. O jogador que estava ali não participaria do lance. O jogador do CSA empurrou Kannemann na direção do outro jogador. Tudo isso é bem nítido na imagem. Não é possível que você vá lá e não enxergue isso, que está claro para todo mundo”, desabafou o técnico.

Mano Menezes também admite falhas da própria equipe
Apesar das críticas à arbitragem, Mano Menezes fez questão de não eximir a responsabilidade do próprio Grêmio. Sob seu comando, o time venceu apenas um jogo em nove e está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O treinador apontou que a equipe foi afobada em alguns momentos contra o CSA, mencionou problemas físicos que, segundo ele, são resultado do trabalho da comissão técnica anterior, de Gustavo Quinteros, e destacou a necessidade de encontrar um “quarto homem” para o meio de campo.
“Em nenhum momento jogamos toda a culpa na conta da arbitragem. Pelo menos não ouviram isso de mim. E seria um erro absurdo fazer isso”, disse Mano. Ele concluiu: “Estivemos em vantagem cinco, seis vezes e permitimos que o adversário empatasse ou até virasse. Isso é erro nosso. Mas eu só quero que eles acertem, aí veremos o quanto é nossa culpa”.