O Mundial de Clubes da Fifa se destacará com uma premiação ainda mais robusta que a da Copa do Mundo. A entidade máxima do futebol confirmou em comunicado oficial nesta quarta-feira (5) que a competição, agendada para meados deste ano, distribuirá um montante total de US$ 1 bilhão, ultrapassando a marca de R$ 5,7 bilhões na cotação atual. Este valor será compartilhado entre os 32 clubes participantes, com divisões estabelecidas para cada etapa classificatória.
Na edição de seleções da Copa do Mundo de 2022, realizada no Catar, a Fifa já havia distribuído a maior quantia da história do torneio, porém, ainda inferior ao campeonato de clubes de 2025. Naquela ocasião, foram destinados 440 milhões de dólares às equipes participantes, aproximadamente R$ 2,5 bilhões na cotação da época. Deste montante, a Argentina, seleção campeã, recebeu 42 milhões de dólares (mais de R$ 200 milhões à época), representando a maior premiação já concedida a um campeão em uma final de futebol.
Além da premiação inédita para clubes em uma competição da Fifa, foi implementado um mecanismo de solidariedade para os clubes participantes. De acordo com o comunicado oficial, essa iniciativa visa beneficiar os clubes através da redistribuição da receita gerada pelo torneio. O texto também enfatiza que a instituição não reterá nenhum valor arrecadado no Mundial de Clubes.
O presidente Gianni Infantino enfatizou que os valores evidenciam a importância do Mundial como o ‘ápice do futebol de clubes’, além de impulsionar o desenvolvimento global do esporte.
– O Mundial de Clubes da Fifa não será apenas o ponto mais alto do futebol de clubes, mas também uma demonstração clara de solidariedade que beneficiará as equipes em uma escala sem precedentes. Toda a receita gerada pelo torneio será distribuída entre os clubes participantes e através do mecanismo de solidariedade, pois a Fifa não ficará com um único dólar. As reservas da FIFA, destinadas ao desenvolvimento global do futebol, permanecerão intactas – salientou Infantino.
Conforme projeções da Fifa, o Mundial de Clubes de 2025 deverá gerar receitas na ordem de US$ 2 bilhões de dólares, cerca de R$ 11,5 bilhões na cotação atual. A meta orçamentária da entidade até 2026 prevê receitas que podem alcançar US$ 13 bilhões (quase R$ 75 bilhões), com 90% desse valor sendo reinvestido nas competições da organização.
O torneio está programado para ocorrer entre 14 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos. Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense representarão o Brasil na competição. O evento antecede a Copa do Mundo de 2026, que também será sediada nos EUA, além de Canadá e México.
Corrida por patrocínio no Mundial
Ao divulgar a premiação do Mundial de Clubes, a Fifa dissipou incertezas sobre a viabilidade financeira da competição para os clubes. A confirmação dos valores demandou mais de um ano desde o anúncio da realização do evento.
Paralelamente, a Fifa buscou o patrocínio de grandes marcas para o torneio. O primeiro acordo garantiu à DAZN a transmissão exclusiva do evento. Entre os patrocinadores oficiais, destacam-se Coca-Cola, a cervejaria AB InBev, Bank Of America e Hisense, fabricante chinesa de eletrônicos e eletrodomésticos.
João Paulo Mendonça