O clássico Choque-Rei entre Palmeiras e São Paulo movimenta a rodada do Campeonato Brasileiro neste fim de semana. Ambos os clubes chegam embalados pelo bom desempenho na Copa Libertadores. O São Paulo, vencendo o Alianza Lima no Peru, manteve 100% de aproveitamento como visitante na competição continental e está praticamente classificado. O Palmeiras, por sua vez, foi ainda mais longe: derrotou o Cerro Porteño em Assunção, garantiu a melhor campanha geral do torneio e assegurou matematicamente sua vaga nas oitavas de final.
Apesar do sucesso na Libertadores, os rivais chegam com contextos distintos no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras jogará em Barueri com o objetivo de sustentar a ponta da tabela, reforçando sua imagem de “melhor time do país” e principal candidato ao título. Já o São Paulo busca uma recuperação no nacional, defendendo sua invencibilidade sob o comando de Luís Zubeldía e consolidando a filosofia do novo treinador.
O Palmeiras demonstra a importância que dá a este jogo com uma atitude incomum da diretoria: a redução significativa no preço dos ingressos. O objetivo é lotar a Arena Barueri, um palco que ainda não conquistou a torcida palmeirense, criando um ambiente de grande pressão para o clássico.
A questão do gramado sintético na Arena Barueri
Uma das principais dúvidas para o São Paulo é a escalação, considerando o gramado sintético da Arena Barueri. Esta não é uma questão trivial e envolve diversos fatores.
Primeiro, o departamento médico Tricolor começa a se aliviar em maio, com retornos graduais como o de Lucas e Pablo Maia, além da expectativa por Oscar. O clube pondera se vale a pena arriscar a participação desses atletas em um tipo de campo onde o São Paulo historicamente tem problemas com lesões.
Segundo, a escolha do elenco também carrega um componente político. Jogadores influentes como Lucas e Oscar foram vozes ativas contra os gramados sintéticos no passado. O movimento perdeu força pela falta de apoio da diretoria, que priorizou outras agendas políticas. Escalar um time diferente pode ser visto como uma forma discreta de manifestação.
Qual será a postura do São Paulo? E como o Palmeiras reagirá a essa situação? Conhecendo o técnico Abel Ferreira, é provável que ele utilize a questão do gramado como um fator motivacional adicional para seus jogadores.
Por fim, a polêmica semifinal do Campeonato Paulista, onde um pênalti duvidoso favoreceu o Palmeiras e garantiu sua vaga na final, ressurge como pano de fundo. O Palmeiras buscará provar que pode vencer (e certamente tem capacidade para isso) sem o auxílio da arbitragem. Já o São Paulo tentará reafirmar sua posição de rival mais difícil para o atual campeão brasileiro. Tudo isso tempera mais um Choque-Rei!