Apoiadores de Augusto Melo apresentaram, nesta sexta-feira (28), uma solicitação à Comissão de Ética do Corinthians para a remoção de Romeu Tuma Jr. da presidência do Conselho Deliberativo do clube. A iniciativa reuniu assinaturas de 1817 sócios e 70 conselheiros. Contudo, a estratégia parece não ter sucesso prático.
Para que uma decisão seja aprovada pelo órgão, é preciso o apoio da maioria, mas o requerimento obteve apenas 23% das assinaturas dos conselheiros, além de 13% dos sócios. Além disso, o documento não segue as normas da Comissão de Ética e, portanto, não tem validade legal dentro do estatuto do clube.
O pedido propõe o afastamento preventivo de Romeu Tuma Jr. da presidência do Conselho, algo que não está previsto nas regras do clube. Membros da oposição consideraram a ação dos aliados de Augusto Melo como ‘amadora’.
Tuma só seria afastado do cargo se fosse instaurado um processo na comissão de ética e houvesse votação no Conselho do Corinthians. A solicitação ocorre em meio à expectativa pela definição de uma nova data para a votação do impeachment de Augusto Melo da presidência do clube, que já foi iniciada duas vezes, mas continua indefinida.

Votação do Impeachment de Augusto Melo
O processo de admissibilidade para a votação do impeachment de Augusto Melo foi aprovado no dia 20 de janeiro, quando o Conselho do Corinthians se reuniu para votar. No entanto, a decisão foi adiada.
A oposição espera que a votação seja remarcada até o final de março, visando a votação das contas do clube em abril. A decisão depende exclusivamente de Tuma, que justifica o atraso pela falta de segurança para a realização da votação no Parque São Jorge.
Conselheiros do Conselho Deliberativo estão considerando realizar a votação na Neo Química Arena, ou até mesmo em um quartel da Polícia Militar, opção que não tem apoio dos conselheiros. Na última votação, foram registrados casos de agressão a membros do órgão.
Representantes da oposição consideram a solicitação uma manobra da situação para influenciar a opinião pública. Segundo informações apuradas, os conselheiros sabem que a chance de o pedido ser aceito pelo clube era mínima. Mesmo assim, eles agiram em defesa do processo.