A controversa expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, durante a derrota por 3 a 0 para o Internacional no último domingo (6), no Beira-Rio, pelo Brasileirão, foi validada pela árbitra de vídeo Daiane Muniz. No áudio divulgado pela CBF, ela declara enfaticamente: “Cartão vermelho muito bem aplicado”.
Comentaristas de arbitragem têm opiniões divididas sobre a expulsão do zagueiro do Cruzeiro
A decisão da arbitragem, no entanto, gerou diferentes opiniões entre ex-árbitros. Enquanto Paulo César de Oliveira, comentarista da “Globo”, argumenta que sequer houve falta no lance, o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, analista da “ESPN”, concorda com a expulsão do defensor do Cruzeiro.
— Este é o lance mais complexo da rodada, de extrema dificuldade. Wesley levava vantagem, estava um passo fora da grande área e não havia marcadores próximos, pois Kaiki tentou o desarme e ficou para trás. Ele tinha espaço, domínio e direção, além da ausência de defensores. Jonathan Jesus acaba deslocando e desequilibrando Wesley, configurando uma clara oportunidade de gol e justificando o cartão vermelho. É uma jogada de imensa dificuldade, mas, na minha análise, Marcelo de Lima Henrique tomou a decisão correta — avaliou Carlos Eugênio Simon.
A jogada ocorreu aos 20 minutos do primeiro tempo, em uma disputa de bola na meia-lua, envolvendo o zagueiro do Cruzeiro, o lateral-esquerdo Kaiki e o atacante Wesley, do Internacional. Com a vantagem de um jogador a mais pelo restante da partida, o Colorado conseguiu construir o placar de 3 a 0 sem grandes dificuldades.
— Eu consigo ver claramente um contato imprudente do jogador 34. Ele é o jogador que comete a falta. (…) Eu tenho o outro defensor, mas ele está atrás da linha da bola e não tem condições de disputar a bola com o atacante, que está próximo, com domínio, a curta distância do gol e apenas o goleiro à frente — explica Daiane Muniz.
A expulsão do zagueiro causou grande indignação na diretoria do Cruzeiro. Em protesto, jogadores e o técnico Leonardo Jardim não concederam entrevistas após o jogo. Quem se manifestou foi o dono da SAF, Pedro Lourenço, que cobrou a profissionalização da arbitragem brasileira. O clube também emitiu uma nota oficial, criticando a arrogância e a incompetência da arbitragem brasileira.