Os torcedores vascaínos tiveram um excelente motivo para celebrar no último sábado (27). Além de uma vitória convincente por 2 a 0 contra o Cruzeiro, então vice-líder, em São Januário, o Cruzmaltino conseguiu, após mais de um mês, terminar uma partida sem ser vazado — um feito que não se repetia desde a goleada de 6 a 0 sobre o Santos, em 17 de agosto.
Ao longo da temporada de 2025, o Vasco já participou de 54 confrontos. Contudo, em apenas 14 dessas ocasiões, a equipe conseguiu manter sua meta invicta. No Campeonato Brasileiro, esse número cai para meros quatro jogos sem sofrer gols, o que sublinha as persistentes fragilidades defensivas ao longo do ano. No entanto, o triunfo sobre o Cruzeiro, aliado à recente reformulação na linha defensiva, sugere o começo de uma fase mais promissora.
Nova dupla, nova esperança
A evidente melhoria no setor defensivo do Vasco pode ser diretamente atribuída ao desempenho dos zagueiros recém-contratados, Carlos Cuesta e Robert Renan. Adquiridos durante a janela de transferências do meio do ano, ambos rapidamente se firmaram como titulares e demonstram um entrosamento crescente em campo.
A dupla de zaga fez sua estreia conjunta nos instantes finais do jogo contra o Ceará. Pouco depois, foram escalados como titulares no clássico contra o Flamengo, mas Robert Renan teve de ser substituído ainda na primeira etapa por conta de uma concussão. Finalmente, na partida contra o Cruzeiro, os dois completaram os 90 minutos lado a lado, exibindo uma notável solidez defensiva.
Diniz destaca esforço nas contratações
Após o valioso triunfo, o técnico Fernando Diniz fez questão de elogiar o esforço conjunto da diretoria e da comissão técnica em fortalecer o elenco com reforços de qualidade, mesmo com as conhecidas restrições financeiras do clube.
Diniz relembrou o processo: “É importante revisitar esse ponto. Havia uma grande pressão por novas contratações durante a janela. Ao agir com pressa, especialmente com recursos limitados e quase nenhuma margem para erros, as chances de equívoco são altas. Optamos por realizar as contratações mais para o final do período de transferências do que no início.”

O treinador também fez questão de salientar o empenho coletivo nos bastidores, fundamental para a concretização das novas chegadas:
Ele detalhou o trabalho em equipe: “Foi um esforço contínuo de muitas pessoas envolvidas: Felipe, eu, a equipe de análise, o Admar. Diversos fatores contribuíram para que chegássemos a esses jogadores. Houve um grande esforço pessoal: fazer ligações, insistir. O Admar viajou, o Felipe esteve constantemente em reuniões com o pessoal da análise. Esse trabalho conjunto, sempre com a preocupação de minimizar erros nas contratações — pois é preciso ter essa cautela para errar menos —, nos levou ao acerto. Não apenas com esses dois, mas consideramos que fizemos uma janela de transferências muito positiva.”
Com Carlos Cuesta e Robert Renan firmando-se como pilares da defesa, o Vasco se prepara para seu próximo desafio nesta quarta-feira (1º), às 19h30 (horário de Brasília), quando enfrentará o Palmeiras no Allianz Parque.