O Al-Hilal oficializou a saída do técnico Jorge Jesus na noite de sexta-feira (3). A decisão ocorreu após a eliminação da equipe na semifinal da Liga dos Campeões da Ásia para o Al-Ahli. O contrato do treinador português com o clube saudita era válido até junho deste ano. Dessa forma, pela quebra do vínculo, Jorge Jesus tem direito a receber 1,832 milhão de euros (aproximadamente R$ 11,7 milhões).
No entanto, há uma cláusula no acordo que pode fazer com que o treinador não receba essa quantia: caso o Al-Hilal conquiste o título do Campeonato Saudita. Além da multa rescisória, ele também perderia os bônus previstos pela conquista da Liga dos Campeões asiática (R$ 12,8 milhões) e da Copa do Rei (R$ 3,2 milhões).
Ainda assim, o clube já havia pagado 100 mil euros (cerca de R$ 640 mil) a Jesus pela vitória na Supercopa Saudita.
Atualmente, o Al-Hilal é o segundo colocado no Campeonato Saudita, com 62 pontos, seis atrás do líder Al-Ittihad, que tem 68. Faltam cinco rodadas para o término da competição.
Os motivos da saída de Jorge Jesus
Após uma temporada de grande sucesso em 2023/2024, Jorge Jesus não conseguiu manter o mesmo nível de desempenho em seu segundo período no comando do Al-Hilal. Apesar de ter conquistado a Supercopa Saudita, a equipe foi eliminada nas quartas de final da Copa do Rei Saudita e ocupa apenas a vice-liderança do campeonato nacional.
No âmbito continental, a eliminação na semifinal da Champions da Ásia, em uma derrota por 3 a 1 para o Al-Ahli (com um dos gols marcados por Roberto Firmino), foi determinante para a decisão da diretoria saudita. Mohammad Al-Shalhoub assumirá o comando da equipe até o fim da temporada.
Jorge Jesus na Seleção Brasileira?
Com a rescisão contratual, Jorge Jesus está livre no mercado e seu nome surge como um dos principais candidatos para assumir a Seleção Brasileira. Especula-se que o treinador português possa até estrear no comando da Canarinho já no dia 5 de junho, em jogo contra o Equador, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Informações indicam que, enquanto o técnico Carlo Ancelotti era o favorito para o cargo, Jorge Jesus não havia sido contatado pela CBF. Com a situação de Ancelotti se tornando cada vez mais improvável, o nome do português ganhou força e ele passou a ser considerado uma forte opção.
João Paulo Mendonça