Pelo menos, os torcedores do Brighton têm um dos melhores destinos da Inglaterra para aproveitar, bem à porta de casa.
Porque, apesar de um final inesperadamente resiliente para a derrota indisciplinada contra o Brentford, agora parece haver pouca chance de quaisquer viagens europeias tão cedo.
A expulsão de João Pedro aos 61 minutos personificou uma tarde em que o time da Costa Sul lutou para resistir à presença mais física e direta do Brentford.
Houve então a visão preocupante de Jan Paul van Hecke recebendo tratamento prolongado em um Estádio GTech quase silencioso e meio vazio antes de ser retirado de maca por uma equipe de paramédicos.
Isso adicionou uma nota amarga infeliz a uma derrota que, de outra forma, tinha sido amplamente da responsabilidade do Brighton.
A cotovelada petulante de Pedro lançada em Nathan Collins enquanto a dupla lutava por uma bola alta sem sentido na borda do círculo central resumiu a frustração sentida por um time que agora está há cinco jogos sem vencer.
O próprio Pedro ainda estava irritado porque momentos antes ele havia lançado a bola pela cara do gol, mas nenhum jogador do Brighton estava lá para convertê-la.
O contato com Collins não foi muito, mas pareceu o suficiente – certamente o VAR não iria discutir com o árbitro Tim Robinson.
O Brighton já estava perdendo por dois gols nesta fase em uma tarde em que muito pouco pareceu dar certo para eles.
Um desempenho acelerado do Brentford no segundo tempo os atropelou – embora seus dois gols logo após o intervalo tenham sofrido grandes desvios do capitão do Brighton, Lewis Dunk.
O Brentford tinha saído correndo para o segundo tempo e imediatamente puniu uma defesa do Brighton com aparência grogue.
Bryan Mbeumo teve tempo na direita para cortar para dentro e acertar um chute de pé esquerdo que atingiu o peito inchado de Dunk e quicou por Bart Verbruggen e para o canto mais distante.
Com sua nova energia, o Brentford estava de repente representando uma ameaça física muito mais direta, particularmente em bolas paradas.
De alguma forma, o Brighton conseguiu afastar dois escanteios altos e ameaçadores que caíram no poste mais distante em rápida sucessão e até tentou contra-atacar.
No entanto, um passe brilhante pelos canais de Mikkel Damsgaard enviou Mbeumo livre novamente, só que desta vez ele cortou a bola pela área e, graças a outro desvio cruel de Dunk, Yoane Wissa conseguiu forçar seu chute para o fundo da rede.
Para ser justo, o Brighton não se intimidou com sua batalha árdua e Fabian Hurzeler trouxe de volta Kaoru Mitoma entre uma série de mudanças do banco projetadas para compensar as desvantagens numéricas.
O Brentford recentemente segurou o Chelsea e o Arsenal em empates respeitáveis para suscitar sugestões de que eles têm dentro deles para desafiar mais acima na tabela na próxima temporada com um pouco mais de consistência, mas o Estádio GTech não tem sido a fortaleza que era em 2024.
De fato, os Bees não venciam aqui em nenhuma competição desde dezembro.
Então, houve raiva compreensível nas fileiras quando a defesa do Brentford pareceu permanecer estática enquanto Mitoma encontrava uma maneira de se livrar deles e marcar com muita facilidade, apesar do homem extra do Brentford.
O presidente do Brighton, Tony Bloom, recusou um lugar no camarote para ocupar seu lugar no canto entre os torcedores visitantes e eles fizeram o possível para animar seu time de volta à disputa.
Um final emocionante parecia improvável, dado que os visitantes até começaram o jogo no pé errado, uma vez que uma cobrança de falta inicial de Matt O`Riley passou inofensivamente por cima da barra.
Wissa deveria ter dado a liderança ao Brentford dentro de três minutos quando encontrou o cruzamento perfeitamente colocado de Kevin Schade, apenas para chutar muito perto de Bart Verbruggen e permitir que o goleiro do Brighton desviasse a bola para fora do poste com o pé.
Em vez disso, foi Mbeumo quem irrompeu pelo meio no 10º minuto para dar a liderança ao Brentford com um chute potente que não deu chances a Verbruggen.
Então, virtualmente com o toque final do primeiro tempo, o Brighton roubou um empate.
Danny Welbeck pode não ter o mesmo pique em seus passos de quando era criança, mas o jogador de 34 anos mostrou a astúcia de seus anos para direcionar um cabeceio para dentro do poste enquanto se inclinava para trás para encontrar o cruzamento de Mats Wieffer no último minuto dos acréscimos.
Poderia o Brighton fazer algo semelhante no segundo tempo?
A energia em suas pernas significava que o ex-atacante do Manchester United já havia partido muito antes de o quarto árbitro levantar sua placa para indicar que haveria oito minutos extras no final do segundo período para aumentar as esperanças de que pudessem.
No final, era simplesmente hora de o Brentford derramar mais miséria sobre seus oponentes.
Outro cruzamento profundo e em curva, desta vez do substituto Mathias Jensen, foi cabeceado por Christian Norgaard em meio a uma multidão de jogadores.
Os ânimos ainda não mostravam sinais de acalmar e uma confusão indecorosa ocorreu quando Jan Paul van Hecke chutou depois de um desarme desajeitado na borda da área de pênalti do Brighton.
Desta vez, o cartão foi amarelo e quando a cobrança de falta saiu inofensivamente para a arquibancada, realmente deveria ter sido fim de jogo.
Infelizmente, o apito final foi de fato ainda mais atrasado por um choque acidental de cabeças entre van Hecke e Yunus Konak.
O jogador do Brentford se levantou cautelosamente, mas a saída mais preocupante do zagueiro central holandês apenas agravou a miséria da tarde do Brighton.
Henrique Oliveira Santos